Luís Ferreira da Silva nasceu no Porto, em 1928, mas foi o Oeste, nomeadamente a cidade das Caldas da Rainha, que o conquistou.

Figura incontornável de uma grande originalidade, criatividade e experiencialismo, quando se fala em Ferreira da Silva a cerâmica é a primeira arte que surge no pensamento. Contudo, este artista tem um extenso percurso nas áreas da pintura, do desenho, da gravura e da escultura nos mais diferentes materiais, como o metal e o vidro.

Ferreira da Silva é principalmente reconhecido pela criação de obras de arte em cerâmica de dimensões monumentais, chegando a ultrapassar a dezena de metros de altura, ocupando espaços públicos em diversas localidades – o jardim da Água, junto ao Hospital das Caldas da Rainha é um dos exemplos.

Na Quinta do Pinheiro temos a honra de ser presenteados por diversas das suas obras.

O artista ganhou o Prémio Nacional de Escultura com a obra “O Grito” na sequência de diversas exposições na sociedade Nacional de Belas Artes e na Fundação Gulbenkian. Em 1967, como reconhecimento do seu papel na arte portuguesa, Ferreira da Silva ganhou uma bolsa dessa fundação e foi para Paris aperfeiçoar as suas técnicas.

Os seus trabalhos em cerâmica com diferentes dimensões marcaram o núcleo artístico dos anos 60 e 70 em Portugal, assim como pelo mundo fora, sendo um exemplo as mostras da 5.ª Avenida em Nova Iorque.

Luís Ferreira da Silva faleceu a 8 de março de 2016, aos 88 anos.